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O que é Esperanto?

Uma língua planejada

O Esperanto é uma língua planejada auxiliar para a comunicação internacional e que tem um aprendizado rápido e fácil em comparação com as demais línguas, uma vez que sua construção preocupou-se em trazer elementos gramaticais mais simples e regulares. Criado em 1887 pelo médico polonês Ludwik Lejzer Zamenhof, é amplamente utilizado, em escala mundial, tanto em congressos internacionais quanto nas redes sociais. É essencialmente uma língua etnicamente neutra, isto é, que não pertence a nenhum povo ou nação, e por isso é um eficiente instrumento para a preservação de todas as línguas e culturas do globo e para a promoção da igualdade entre os povos. A principal proposta do Esperanto é a de que cada povo continue a falar sua própria língua materna e possa, conjuntamente, fazer uso de uma língua neutra nas comunicações internacionais.

Diferentemente dos demais idiomas, ao se falar em Esperanto, estabelece-se imediatamente uma comunicação de igual para igual entre pessoas de línguas, povos e culturas diferentes. Isso é importante, pois se evita a vantagem linguística que um falante nativo teria ao empregar sua língua natal em um contato internacional. Assim, a proposta do Esperanto não é substituir qualquer outra língua nacional, mas complementá-las, sendo assim utilizado como uma língua neutra quando falado com alguém que não tenha a mesma língua do interlocutor. O uso do Esperanto também protege as línguas minoritárias. Essas línguas culturais teriam melhor chance de sobrevivência em um mundo dominado por poucas línguas poderosas. Presentemente, o Esperanto é falado por uma grande comunidade internacional, em mais de 120 países por milhares de pessoas. 



Uma comunidade viva

Hoje, o Esperanto é, acima de tudo, uma língua viva. É um instrumento de comunicação entre pessoas, com história, cultura e evolução, usado diariamente para o tratamento dos mais diversos assuntos, por uma comunidade ativa e consideravelmente grande. Além disso, a língua é tanto falada como escrita. Seu léxico provém principalmente das línguas da Europa Ocidental, enquanto sua sintaxe e morfologia mostram fortes influências eslavas. Os morfemas do Esperanto são invariáveis e quase infinitamente combináveis em palavras diferentes, de modo que a língua também tem muito em comum com línguas isoladas como o chinês, enquanto sua estrutura vocabular apresenta semelhanças com línguas aglutinantes como o turco, o swahili e o japonês.

A florescente tradição literária em Esperanto é reconhecida pelo Clube Internacional de Poetas, Ensaístas e Novelistas, que aceitou a filial de Esperanto em seu 60º Congresso, em setembro de 1993. Os autores em Esperanto mais notáveis na atualidade incluem os romancistas Trevor Steele (Austrália), István Nemere (Hungria) e Spomenka Stimec (Croácia), os poetas William Auld (Escócia), Mihail Gishpling (Rússia) e Abel Montagut (Catalunha) e os ensaístas e tradutores Probal Dasgupta (Índia), Fernando de Diego (Venezuela) e Kurisu Kei (Japão). Um deles, o escocês Auld, inclusive, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literat
ura em 1999 e em 2000 por suas contribuições à poesia.


Com reconhecimento internacional

O tema Esperanto já esteve diversas vezes na ordem do dia da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Desde 1954, a Associação Universal de Esperanto (UEA) mantém relações consultivas oficiais com a UNESCO, enviando-lhe relatórios regularmente e incentivando seus membros e associações a colaborarem ativamente com aquela Organização para efetivarem seus objetivos comuns. Em duas ocasiões, sua Conferência Geral, que se reúne a cada dois anos, aprovou uma resolução especial dedicada ao Esperanto. A resolução da 4ª Conferência Geral (Montevidéu, 1954) foi resultado de uma campanha coordenada pela UEA, principalmente por seu diretor Ivo Lapenna. A resolução do ano do centenário, aprovada pela 23ª Conferência Geral (Sófia, 1985) foi fruto da colaboração por três décadas e de bons contatos com algumas delegações nacionais. Juntas, as duas resoluções consistem o mais claro reconhecimento do valor do Esperanto feito por uma importante organização internacional.

Organizações não-governamentais e coalizões têm lutado para que a questão de uma língua internacional seja debatida nas Nações Unidas e na União Europeia. Em julho de 1996, o Simpósio Nitobe de Organizações Internacionais reuniu em Praga, República Tcheca, um grupo de especialistas independentes que analisou a posição do Esperanto naquele momento e defendeu sua inclusão nas discussões atuais sobre direitos linguísticos e políticas. O Manifesto de Praga, uma reafirmação moderna dos valores e objetivos que impulsionam o movimento Esperanto, enfatiza a democracia linguística e a preservação da diversidade de idiomas.
 

Qual o propósito do Esperanto?

1

Neutralidade

Como o Esperanto não pertence a uma nação ou a um povo em especial, ele é mais neutro do que as línguas étnicas ou nacionais para a comunicação internacional. O Esperanto não é ligado a uma nação à parte, e isso é uma grande vantagem para uma língua que funciona como ponte entre os diversos povos do mundo. Entretanto, o Esperanto não é uma língua sem cultura, mas uma língua que tem uma cultura própria, internacional.

2

Facilidade

O Esperanto é relativamente fácil, pois a língua tem poucas regras, e elas não têm exceção. Além disso, é necessário aprender um menor número de palavras do que em outras línguas, pois é fácil formar palavras a partir de radicais, prefixos e sufixos. Em geral, se aprende o Esperanto entre um quinto e um terço do tempo que se usa para atingir um mesmo nível em outras línguas.

3

Justiça

Todos os que aprendem o Esperanto têm uma boa chance de atingir um alto nível nele e, posteriormente, do ponto de vista linguístico, de se comunicar em nível semelhante com outros, independentemente da base linguística de cada um. Por causa disso, o Esperanto é mais justo como língua internacional do que as línguas nacionais, as quais alguns sem grandes dificuldades dominam melhor do que outros que tiveram de penar muitíssimo para atingir um nível alto nelas.

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